quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Não quero mais brincar!

Este deveria ter sido o texto do tumblr do Felipe Andreoli.

Em um texto muito bem escrito ele faz críticas a pessoas comuns como nós que se comportam como idiotas quando abordam famosos por aí.

Eu concordo com ele quando pede que, caso alguém queira abordá-lo na rua por qualquer motivo, que faça isso com educação. Isso na verdade é premissa básica para todo ser humano porque você não vai perguntar as horas para um estranho pegando na bunda ou no peitinho.

O que me incomoda nisso tudo é que vemos por aí todos os tipos de programa de televisão, concursos, até o twitter virou plataforma de lançamento de pseudo-celebridade.

Pouco tempo depois a pessoa já se auto entitula 'famosa' e reclama das abordagens alheias. Cacete, quer ficar rico trabalha como nós mortais, vira um executivo e pronto. Também não precisa ser executivo estrelinha tipo Eike, mas eu como trabalho neste meio de relações corporativas vejo que tem muita gente aí que caga dinheiro e nem sabemos quem são.


Quando criança todo mundo sonha em ser famoso. Uns viram jogador de futebol, outros viram 'humoristas', e outros sem dom nenhum, tampouco senso de humor, vão pro BBB.

No fim das contas todo mundo quer é dinheiro fácil, sem ter que ralar no horário comercial em uma rotina diária.

Eu gostaria muito de trabalhar no CQC ou algo que o valha, acho que o propósito do programa é inteligente, utilizam o humor para mostrar verdades que insistimos em não ver. Por trás de algumas piadas sem-graça existe uma inteligência que deve ser admirada.

Isso não é uma crítica pessoal ao cara até porque eu não o conheço pessoalmente. Isso é uma crítica a qualquer um que pensa em se 'projetar' pro mundo, mas não aceita que esse tipo de ação gera uma reação nem sempre bem vista.

Pra fechar conto um caso interessante: outro dia fui almoçar num restaurante do Olivier Anquier. O nego é rico, famoso, bonitão, celebridade do mundo culinário. Teria tudo pra ser um escroto. Francês, já foi casado com global e tem um programa só pra ele na TV à cabo.

No meio do almoço ele chegou no restaurante, foi de mesa em mesa cumprimentando todos, perguntando se a comida estava boa e em alguns casos até serviu mais batatas fritas para um cliente.

Ele pessoalmente abria a porta para quem ia chegando, agradecendo a visita e se despedia de quem ia desejando um bom final de semana e um simpático 'volte sempre'.

Ele poderia ser um nojento, entrar de óculos escuros, não falar com ninguém e depois ficar de mimimi num blog, mas duvido que isso faria com que o restaurante dele estivesse cheio antes das 13hs de um sábado e pusesse Gianni Albertoni na fila de espera sentadinha na calçada como qualquer mortal.

Por fim, se você aí quer ser famoso, basta parar e refletir um pouco sobre qual seria a sua postura depois do sucesso.

Um comentário:

  1. Yep. Concordo com o que diz. Alguns tentam ser famosos pelo ato altruísta de "fazer o bem para os outros", ou até "passar uma mensagem". Quando chegam lá, cagam tudo. Pouquíssimos sabem que não precisa ser famoso pra escrever seu parágrafo na história e ser lembrando (além de fazer o bem).

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